O Magnificat
de Jim McGuiggan
Influenciado pela versão em Latim, é assim que a canção da virgem Maria é chamada quando ela engrandece a Deus em Lucas 1:45-55. É uma doce canção,de uma jovem santa e virgem, que agora estava carregando o Salvador que crescia dentro dela. E quem é que está louvando a Deus? Uma menina adolescente de descendência camponesa (mas ainda real). E esta canção é mais que doce e suave. Ela desafia o mundo e confia em Deus.
Esta é uma menina que conhece a aflição. A avó dela, sem dúvida, teria ouvido que em 63 AC o general romano, Crasso, havia crucificado 12.000 seguidores de Espartacus ao lado da estrada principal que leva a Roma. E ela certamente saberia que Pompeu na mesma época entrou na Palestina e demoliu a muralha ao norte de Jerusalém e violou o Santo dos Santos. Maria saberia o que Herodes o Grande, o ardoroso servidor de Roma, estava fazendo com revolucionários judeus e com todos os que não entregavam os bandidos às autoridades. E no mesmo ano em que ela teve sua criança, (provavelmente ano 4 AC), Maria saberia que Varrus crucificou 4.000 judeus perto de Magadã, na área da Galiléia, antes que ele se deslocasse ao sul, para queimar Séforis e Emaús completamente. Esta não era nenhuma criança de sedas e cetins e ela sabia como eram as cidades de guarnição militar e como as forças de ocupação oprimiam o povo.
E ela canta uma canção de desafio alegre e confiante.
Ela agradece a Deus a bondade dele para com ela, sabendo é claro que, ao fazer algo por ela, Ele tinha todos os sem voz e indefesos em mente. “Você pensa que Deus só se importa comigo?” ela parece dizer. “Que nada! Eu sou apenas uma ilustração de como Ele se sente em relação a todos nós. Você devia olhar para mim e entender, ‘Deus não esqueceu de nenhum de nós’.”
Nós poderíamos ser tentados a pensar que é ótimo que Ana (1 Samuel 1) e Maria exultem, mas quando é que vai chegar a nossa vez? Isso faz sentido! É difícil se alegrar nas bênção dos outros quando sua própria situação lhe faz subir pelas paredes. Mesmo assim, em nossos melhores momentos, a menos que estas pessoas exagerem na comemoração das suas boas notícias ou salvamento dramático, nós ficamos contentes por elas, não é? Nós controlamos a tentação de ter inveja, e desejamos a esses companheiros de luta tudo de bom. É assim que deveria ser e freqüentemente é isso que nós sentimos. E isto é uma das melhores coisas sobre nós.
Mas a boa notícia é — e é isto o que Ana e Maria nos dizem – aqueles que Deus abençoou são testemunhas vivas de que Ele não esqueceu de nenhum de nós. A resposta à pergunta, “Quando será minha vez?” não é dada especificamente na canção. Mas há uma resposta definitiva à pergunta, “Será que minha vez chegará”? A resposta é sim! A resposta é sim porque o Deus de Ana e Maria e de nosso Senhor Jesus Cristo é fiel ao compromisso dele para com a família humana. A última e conclusiva prova disso é Jesus Cristo, a sua crucificação e ressurreição, e a lembrança adicional é a bênção das pessoas ao nosso redor.
Diga a Deus que você não quer ter inveja e que você se unirá a Maria cantando uma canção de desafio e confiança diante de um mundo de desdém e zombaria!
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